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'Desistir nunca foi opção': após enchente, família de agricultores constrói nova propriedade em região mais alta de São Sebastião do Caí

Após enchente, família de agricultores constrói nova propriedade em região mais alta de São Sebastião do Caí RBS TV Mais de um ano após a enchente que a...

'Desistir nunca foi opção': após enchente, família de agricultores constrói nova propriedade em região mais alta de São Sebastião do Caí
'Desistir nunca foi opção': após enchente, família de agricultores constrói nova propriedade em região mais alta de São Sebastião do Caí (Foto: Reprodução)

Após enchente, família de agricultores constrói nova propriedade em região mais alta de São Sebastião do Caí RBS TV Mais de um ano após a enchente que atingiu São Sebastião do Caí em maio de 2024, a paisagem ainda traz marcas da tragédia. A vegetação seca e retorcida às margens do Rio Caí é um lembrete de quando o nível da água alcançou o recorde de 17 metros e 60 centímetros. Para quem mora bem ao lado da correnteza, cada dia é um recomeço. É o caso da agricultora Marília Ternes, que trabalha com produção de silagem e confinamento de gado para o abate ao lado do pai, da mãe, do esposo e dos filhos. A propriedade da família já está na quarta geração. Durante a enchente, eles perderam cerca de 500 cabeças de gado, além de máquinas agrícolas e móveis. Nos últimos meses, conseguiram recuperar parte do prejuízo. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp "A gente continuou trabalhando. Teve muita gente que nos ajudou. É o recomeço de uma estrada longa que a gente vem percorrendo", conta Marília. A enchente de 2024 não foi a primeira. Em 2000, a água atingiu 50 centímetros de altura dentro da casa em que a família vivia. Foi quando decidiram construir uma nova residência no mesmo terreno, dois metros acima da anterior. Ainda assim, não foi o suficiente para a cheia de 2024. "Era uma cena de guerra. Lodo, gado morto, tudo espalhado", lembra a matriarca Goreti Ternes, de 61 anos. A família cansou de conviver com o medo de uma nova cheia e decidiu se mudar. Por meio de um financiamento bancário, compraram uma nova propriedade de sete hectares em uma região mais alta do município, a cerca de 16 quilômetros do leito do rio. "Parece que o lugar foi feito pra nós. Eu não vejo a hora de ir para lá”, conta o pai da família, José Ternes. A expectativa é de que a mudança ocorra até o fim do ano. Para Marília, não há outro caminho senão seguir em frente: "a gente só quer trabalhar e pagar as contas. Desistir nunca foi uma opção". VÍDEOS: Tudo sobre o RS